domingo, 17 de janeiro de 2010

Cumplicidade Inocente



Naquele fim de tarde quente de verão, entre veleiros e papagaios de mil cores estava sentada sobre o rochedo com um sorriso inocente… perdida por entre pensamentos distantes ia fazendo círculos distraídos com as pontas dos pés enquanto em jeito de brincadeira o mar me salpicava a pele. Já o Sr. vento fazia esvoaçar os meus cabelos trazendo consigo um doce cheiro a maresia e um som melodioso das gaivotas que esvoaçavam sobre a minha cabeça. Sem me aperceber, observavas divertido a situação sorrindo como uma criança de 5 anos deliciada de chupa-chupa gigante na mão direita. Estava tão distraída que não dei por ti quando te aproximaste. Um beijinho delicado no ombro despido de preconceito, hmm… reconhecia esse teu toque em qualquer parte do mundo. Uma troca de olhares cúmplices, seguida de sorrisos parvos que só alguém apaixonado é capaz de compreender.
Ficamos ali os dois, sentados, num silêncio mudo que grita feliz mais que mil palavras. Não precisamos de dizer nada, compreendo-te e tu a mim! Encosto a cabeça no teu peito e faço inveja ao sol que se põe. Não preciso dele agora, tenho-te aqui!

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