Interrogações Retóricas!

Infinidade de interrogações retóricas,
Que sonharam um dia dar frutos mais férteis,
Ser mais que pensamentos mudos,
Mendigos infelizes sem chão nem tecto!

Sonharam com o sussurro da simplicidade,
Docemente pronunciada ao ouvido,
Num leve arrepio que percorre a espinha,
Dando à vida mais algum sentido!

E quem dera a mim ser telepata,
Entender tudo apenas por um olhar,
Ser esta uma capacidade em mim inata!
A arte dos mais complexos pensamentos captar!

Oh coração, e tu que entreténs nas calhas de roda a razão,
Liquida todas as interrogações cruéis,
Que escondem a sua essência de si mesmas
E se afastam cada vez mais da minha percepção!

Só porque alguém assim o quer,
Só porque é tão tão mais fácil dizer que não!
Talvez seja esse um mecanismo de defesa
Não sei bem...
Talvez só porque seja,
O ser humano, um ponto de interrogação!